quinta-feira, 28 de abril de 2011

Rubião

Quincas Borba de Machado de Assis.
Como nas outras obras do autor, enredo, ritmo, escrita me prenderam num crescente até a o desfecho.
A história de Rubião, parasita, herdeiro, novo rico esbanjador, apaixonado, louco e abandonado, me lembrou já no final, Samsa de Kafka, de quem todos se afastam não tendo mais o que usufruir dele.
E fez lembrar também dos meus pais, tantos amigos de ocasião que sumiram depois da queda financeira, depois da morte trágica: interesseiros, pérfidos, covardes, todos, os fictícios e os reais.
O erro de um em se cercar das pessoas erradas não justifica o erro dos outros.
Leio, releio, volto sempre aos livros de Machado de Assis, nunca é viagem perdida.

Um comentário:

mfc disse...

É sempre assim!
Ele sabe retratar a baixeza humana!