Quem nunca, na adolescência, com raiva de uma bronca ou proibição dos pais, não pensou: se eu morresse ela(e) ia se sentir culpado? Daí para a ação eram léguas de distância. Na verdade, esse pensamento não passava disso, uma pensamento, que passada a raiva, logo cedia à razão e à vontade de viver e experimentar, aproveitar, que era afinal era o motivo de tantas brigas entre pais e filhos.
Será que é esse o segredo? Não ter tudo e poder querer, poder sonhar, e saber, por experiência própria, que não ter não tira pedaço, não é o fim do mundo, e muito menos o fim da vida.
Li com Davi um livro muito legal que fala sobre isso, chama-se "O príncipe sem sonhos". Em resumo, um menino que tinha tudo que queria, pois seus pais amorosos davam a ele mal ele fazia menção de querer. E ele estava triste porque achava que não tinha sonhos, e que talvez sonhos nem existissem, mas numa conversa com o avô ficou sabendo que sim, os sonhos existem mesmo quando não podemos vê-los, e que existe diferença entre ter e ser.
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