domingo, 15 de março de 2015

Ser e Ter

            Ultimamente ouvi tantas histórias de suicídio e uso de drogas entre adolescentes, e mesmo com Davi ainda pequeno, me atemorizo e procuro os porquês para tentar fugir deles. As histórias que ouvi são sobre adolescentes de classe alta, que estudam em colégios caros. Aí vem as conjecturas: pais ausentes, filhos mimados, que tem tudo que precisam e ainda muito mais, e que quando se frustam - a(o) menina(o) não quer mais namorar comigo, estou entediado, o que será de mim sem esse ou aquele, sem isso ou aquilo? - buscam uma saída radical.
            Quem nunca, na adolescência, com raiva de uma bronca ou proibição dos pais, não pensou: se eu morresse ela(e) ia se sentir culpado? Daí para a ação eram léguas de distância. Na verdade, esse pensamento não passava disso, uma pensamento, que passada a raiva, logo cedia à razão e à vontade de viver e experimentar, aproveitar, que era afinal era o motivo de tantas brigas entre pais e filhos.
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             Será que é esse o segredo? Não ter tudo e poder querer, poder sonhar, e saber, por experiência própria,  que não ter não tira pedaço, não é o fim do mundo, e muito menos o fim da vida.

              Li com Davi um livro muito legal que fala sobre isso, chama-se "O príncipe sem sonhos". Em resumo, um menino que tinha tudo que queria, pois seus pais amorosos davam a ele mal ele fazia menção de querer. E ele estava triste porque achava que não tinha sonhos, e que talvez sonhos nem existissem, mas numa conversa com o avô ficou sabendo que sim, os sonhos existem mesmo quando não podemos vê-los, e que existe diferença entre ter e ser.




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