quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Um conselho por favor

Eu, precisando de conselhos?
Sim, sim, muito.
E é claro, mais uma vez, é o Davi o motivo.
Davi não está participando das atividades da escola, não senta com os colegas para brincar de bloquinhos e quebra-cabeças, não deita na hora do descanso, só quer correr, brincar de pega-pega e está sempre chamando um colega para acompanhá-lo.
- Ele só fica quieto na hora do lanche. Acabou de comer, volta a correr. - foi o que ouvi da professora hoje.
Também ouvi coisas piores: choro, birras, que agride os colegas, que se mordeu e disse que foi um coleguinha.
Fico pensando, pensando, tentando entender o que está se passando com ele: falta de limites (pai, avó e babá permissivos demais), falta de interesse pelas atividades da escola, ou ele está revidando agressões que sofre.
O que sei é que desde o início do ano ele adoeceu muito antes da cirurgia, não frequentou a escola continuamente, eram sempre idas e vindas, operou-se em fim de maio e só voltou a escola em agosto.
Hoje não chora mais para ficar na escola, mas sempre ativo, brincando de correr, de jogar, mesmo quando os colegas estão quietos.
Disse a ele que estou triste e preocupada porque ele não está se comportando na escola.
E agora, vocês pais e mães experientes, algum conselho?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Todo dia

Todos falando do dia dos pais, eu vou nessa também.
Lembro bem daqueles presentinhos inúteis que fazíamos na escola para presentear o querido papai. Presentes que ele recebia com um sorrisão no rosto.
Agora a cena se repete com o Davi.
Eu e Eduardo rimos muito da lembrancinha que Davi trouxe da escola - não faço a mínima idéia do que deveria ser. Mas é claro, o pai recebeu como se fosse tudo que ele queria.
E na verdade era, porque tudo que ele queria era aquele filho.
O meu pai se foi há bastante tempo, lembro dele com amor e saudade, ele me ensinou a ser alegre, confiante e ter fé nas pessoas.
Então, pais curtam seus filhos e filhos curtam seus pais, todos os dias.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Medo dos 40

Estava outro dia dizendo a minha irmã que ando mais vaidosa, fazendo peeling  - que não deu o resultado que eu esperava, aguardando o dia da consulta para reclamar com a dermatologista -, comprando roupas mais arrojadas - nem tanto, eu tenho espelho viu? -, fazendo musculação -começei há poucos dias mas já sei que os braços serão os primeiros a ficar definidos, a mulher braço, eca.
Acho que é o medo dos quarenta que estão cada dia mais próximos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Três Contos


Três Contos - Gustave Flaubert

Não é moleza não

maternidade almada negreiros
"Maternidade" - Almada Negreiros
Ninguém me disse que seria fácil, nem eu imaginava que fosse, criar, educar um filho, mas ...
Antes eu tinha a impressão e agora tenho a certeza de que os pais vão tateando.
É preciso ter uma posição firme sobre coisas que nunca se imaginou que teríamos sequer que conhecer.
Posições e convicções que vão mudando, afrouxando ou endurecendo, à medida que o tempo passa e a criança cresce.
A cada nova fase, novos desafios para ela e para nós.
A baladeira da paciência a cada dia precisa ficar mais e mais flexível para esticar mais e mais.
Estou, como em tudo mais, tentando me ater ao que realmente importa.
Mas sempre me pergunto: será pouco, deveria exigir mais, ou será muito, deveria exigir menos?
É bom ter ajuda, um pai presente, uma avó carinhosa, mas nem sempre essa conta fecha, a avó é permissiva demais (numa convivência diária isso atrapalha, pode acreditar), o pai se exaspera e grita, e nessas horas me pego tentado educar não apenas o filho, mas o marido, a mãe e quem mais fizer parte ou puder interferir nessa missão.