segunda-feira, 21 de julho de 2014

Registros da Semana - 21 Jul 2014


Eu tenho sempre que estar lendo algum romance ou coletânea de contos. Os dois últimos que li foram A outra volta do Parafuso de Henry James e Verão de J.M.Coetzee.
Gostei de ambos. O de Henry James fala de fantasmas ou da loucura ou dos dois; uma história que prende a atenção do início ao fim. O de Coetzee é interessante pelo enredo: uma ficção autobiográfica em que o biógrafo tenta descobrir quem foi Coetzee através dos depoimentos de pessoas que fizeram parte da vida do autor.

E já que estamos falando de livros e escritores, o Blog do IMS relembra uma entrevista em que João Ubaldo Ribeiro, falecido em 18 de julho último, fala de seu trabalho e de algumas de suas obras (em Fevereiro de 1999).

Voltando ao assunto Copa do Mundo, o artigo A Hora da vergonha ... é excelente e sintetiza os sentimentos que acometeram grande parte dos brasileiros e as explicações para tal reação. Eu, após a derrota, repeti para os colegas e amigos o que eu sempre digo para o Davi quando ele chora e fica bravo por ter perdido: "não sabe perder, não brinca", porque perder e ganhar é do jogo.

Para terminar um texto muito bacana de Jairo Bouer sobre nossa falta de cuidado com a terra na Revista da Cultura em De passagem.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Conversas do além

Pensando se os mortos se conhecem nessa nova vida, nesse novo lugar onde estão. Será que meu pai e meu sogro se conhecem? Como seria uma conversa entre eles?
(A foto foi uma montagem que fiz a partir de uma foto que tirei do meu sogro um ano antes de sua morte que foi em 2006 aos 70 anos mais ou menos, e de uma foto escaneada de meu pai. Papai morreu em 1987 aos 46 anos).

- José, chegou um novato.
- É, estou sabendo. Menino novo.
- É sim. Minha filha conheceu, trabalharam juntos, eram amigos.
- Esses meninos estão morrendo muito cedo.
- Os vícios do meu tempo eram bebida, cigarro e mulher, e com moderação porque a família ficava em cima. Esses meninos andam se aventurando com coisas perigosas.
- Pois é. Mas sabe, José, acho que se não tivessem me matado, eu acabava morrendo do coração também.
- É amigo, só que bem mais tarde, talvez lá pelos 70, como eu.
- Meu erro foi me meter com gente perigosa e apostar que tudo ia dar certo.
- Isso foi uma fatalidade. Você estava atrás do seu direito, eu teria feito igual.
- Ainda bem que nossos meninos e meninas se cuidam.
- Mudando de assunto, viu a última do nosso neto?
- Vi. Menino bom é assim mesmo. Já ouviu falar de criança que não dá trabalho aos pais?
- ha, ha, ha. É esperto o menino, carinhoso e comunicativo, puxou ao vô aqui.
- Mas é opinioso também, isso é da família do pai.
- É sim. Você é que está cheio de netos e bisnetos. Eu estou no terceiro e todos homens.
-  Família grande é bom. Família pequena também, dá pra cuidar melhor.
- Eu sempre peço ao meu netinho anjo para olhar pelos meus.
- Assim seja, Eimar, assim seja.
- Agora vamos cuidar que vem chegando mais almas.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Super chata



Esses dias eu ando meio estressada com o que eu acho que é atraso do Davi na leitura. Ele não quer ler, lê uma ou duas sílabas e quer adivinhar o resto da palavra pela figura, ou mesmo pelo som inicial. Eu andei dizendo que ele tem preguiça de ler, e quando estávamos em Várzea Alegre, a avó dele disse a mesma coisa, e ele chorou muito. Ficou magoado. Às vezes eu fico com medo de estar atrapalhando ao invés de ajudando, no mínimo estou sendo chata, ou super chata como Davi diria (já perceberam que toda criança adora superlativos?), porque todo tempo, a toda hora, insisto para ele ler alguma coisa, e uma vez cheguei a dizer que se ele não se esforçasse, se não treinasse a leitura e a escrita, ele ficaria no primeiro ano enquanto os amigos dele vão para o segundo. Ele chorou, mas ainda assim não quis ler. Às vezes eu o pego tentando ler alguma palavra, mas sobra pouco espaço para ele se interessar, já que eu estou sempre insistindo para que ele leia. Ao mesmo tempo que acho que na volta as aulas o aprendizado será mais rápido, porque ele estará com os colegas, vendo os colegas lerem, com ajuda da professora, também temo que ele não consiga até o final do ano. Qual o meu verdadeiro temor? Que ele, grandão como é, esperto como é, não passe para o segundo ano. Acho que tenho que conversar sobre isso com a escola novamente, como venho fazendo desde o início do ano (antes pelo atraso na escrita), mas para isso preciso esperar pelo menos o desenrolar das primeiras semanas de aula, para que a professora (outra professora, pois a do semestre passado , que entrou em março substituindo outra que saiu, foi demitida) tenha o que me dizer.
Preciso controlar minha ansiedade e confiar no meu menino.



sexta-feira, 4 de julho de 2014

Registros da Semana - 05 Jul 2014

Coisas bonitas para acalmar a alma no meio do furacão que às vezes se tornam os dias.


 Publicado em Dueto.

Lindo curta em A Rather lovely thing.

Foto de Berta Vicente Salas publicada no Image&Visions (Promessa).


Este é o clip mais bizarro que já vi. Ri muito. Na verdade eu estava procurando pela música Noche de Ronda no youtube que ouvi na voz de Luiz Miguel (sim, existe uma brega em mim) e acabei encontrando esse vídeo ilário.
Outro vídeo que encontrei. Este, porém,  trouxe doces recordações de minha mãe cantando. Ela aprendeu essa música na juventude no curso de italiano e vez por outra a ouvíamos cantando em casa, mas isso faz tempo, tanto que me fez chorar (sim, eu sou chorona).