segunda-feira, 30 de abril de 2012

Aprendendo a ser mãe


Acho que estou frequentemente subestimando a capacidade de aprendizado do meu filho, e acho que não sou a única mãe a fazer isso.
Principalmente naquelas tarefas do dia a dia, como vestir-se, calçar-se, alimentar-se sozinho.
É o medo (quem é mãe tem medo) de que ele cresca e desapareça. Sei, sei, estou exagerando, mas a cada dia ele vai precisar menos de mim, e ao mesmo tempo que me orgulho e fico feliz por ele estar crescendo, tenho saudades do meu bebê.
Volte e meia ainda quero pegá-lo no colo, e raras vezes acontece dele querer meu colo (principalmente em público) - isso tende a se tornar mais e mais raro, até porque não aguento muito tempo os seus 23kg.
O que me fez pensar nisso tudo, além do fato de mãe estar sempre pensando nos filhos, foi a reunião da escola.
A professora relatou a evolução do Davi do início do ano para cá, em resumo uma criança imatura na relação com colegas e autoridades (professoras, coordenadoras), que chorava quando era contrariado, que tinha muita dificuldade de obedecer os "combinados" e tinha dificuldade para se vestir e se calçar sozinho.
Agora está mais maduro, mais independente e mais adaptado às regras da escola.
Eu, como mãe de filho único, não tenho referências para me orientar quanto ao que é esperado em cada fase de crescimento, contar com as considerações da escola (afinal elas estudam para educar e tem contato diário com muitas crianças) está sendo muito importante.
Estou feliz pela escolha que fizemos e estou certa de que a escola será um parceiro importante nessa missão.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Beijo guardado explode


Às vezes quando beijo Davi, ele passa a mãozinha, fingindo tirar o beijo.
Ontem, na volta do aniversário de um colega da escola, já sonolento, ele repetiu o gesto.
- Quer beijo não? Xi, vou ter que dar beijo no papai.
  Porque eu tenho muitos beijos guardados aqui e beijo guardado explode.
  Vou dar beijo no papai, na vovó, no meu pé.
  Não pode guardar beijo não.
Ele olhou pra mim, olhar atento.
Depois deu aquele sorriso lindo, entendendo que era mais uma brincadeira da mamãe.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fotógrafo Davi

Uma foto minha tirando uma foto dele. Bem, tentando tirar porque não achei essa foto dele me fotografando. Davi foi mais rápido.

Amarras


Se eu estou usando o mesmo modelo com o Davi? O da minha educação, da minha relação com minha mãe, mesmo que para fazer completamente diferente?
Estou, esse é o modelo que eu tenho, é a experiência de maternidade que eu tenho.
Que mãe não tem medo de, ou tenta a todo custo evitar, cometer os erros que achamos terem sido cometidos conosco, em nossa educação, na relação mãe e filho?
Como quebrar essas amarras para tentar algo completamente novo, nem igual, nem diferente, apenas novo?
Não sei, talvez a cada passo, lutando para evitar comparações, afinal eu não sou minha mãe, e o Davi tem uma personalidade diferente da minha.
Espero que ele não sofra como eu sofri, não se importe tanto em estar certo, em agradar, que se preocupe mais consigo mesmo.
E você, como acha que eu posso quebrar as amarras?