terça-feira, 12 de abril de 2011

Peço paz

Falsa sensação de segurança.
Vivemos como se não houvesse violência, maldade, desastres.
Como ser diferente? Em estado constante de alerta, como numa guerra?
Impossível.
Precisamos da zona de conforto, ajustar o inajustável para viver.
Até que algo aconteça e nos tire o chão.
Se a experiência é pessoal, desestabiliza por longo tempo, até nos sentirmos de novo seguros, ou desistirmos.
Se é algo apenas sabido, temor, reflexão e logo voltamos ao estado inicial.
Uma história muito triste me chegou aos ouvidos, uma acidente de carro, pai, mãe, quatro filhos entre 2 e 18 anos, apenas a mãe sobreviveu, noventa por cento do corpo queimado. Qual será o sentido da vida desta mulher daqui para frente? Não imagino uma vida sem meu único filho, sem meu marido.
Agora, esta tragédia, crianças, adolescentes alvos dos disparos de um psicopata. Cada família com sua dor, só sua, inigualável, inconsolável.
Encontramos formas de seguir em frente e sobreviver às perdas, aos sofrimentos. Qual o limite, quanta dor podemos suportar?
Tentamos nos cercar de garantias, reais ou imaginárias, para acreditar que nada disso nos atingirá um dia.
E planejamos nosso futuro junto aos nossos filhos e entes queridos. E rezamos, pedimos.
É o que podemos fazer.

Um comentário:

mfc disse...

Pedimos todos paz... e que nunca cheguemos a esse limite do sofrimento que nos pode levar ao desespero.