sexta-feira, 10 de junho de 2011

E agora José, pra onde?

"Algumas vezes você perde um excelente técnico para ter um gestor mediano."
Essa frase tem me perseguido ultimamente.
Não que eu tenha sido chamada para uma outra função, só os comentários brincalhões (e às vezes maldosos) dos colegas de equipe quando me envolvo na gestão de algum projeto.
Apenas acontece que as opções para crescimento na empresa se resumem a duas: assumir a liderança de uma equipe ou ir para uma área de negócio.
Nenhuma das duas opções me agradam no momento porque volto sempre a frase em questão.
Na verdade, a vontade era de que houvesse uma forma de ascender dentro da função e perfil atuais.
Talvez o que atrapalhe seja essa formação não-especialista, mais ampla, baseada nas antigas necessidades de TI, do profissional que se envolve em quase todas as fases - análise, projeto, implementação, implantação e até a tal da gestão - mas que não é expert em nenhuma em particular.
Aquele profissional que sabe de tudo um tanto e que não se acanha nem teme botar a mão em nada, mas que não se especializou em nada disso. Fica até difícil nomear.
A nova geração vê como desvantagem isso que os antigos vêem como vantagem.
Um chefe antigo, e velho amigo dizia brincando, ou não, que eu era pau pra toda obra e que no aperreio me escolhia porque o trabalho saia bem feito e rápido. Não sei mais se isso é bom para mim.
O porque dessa preocupação agora é a boa e velha questão econômica, aquela coisa que por si não traz felicidade mas ajuda um bocado. Nem sei também se sou a única solução para esse problema, mas como sempre, eu chamo toda a responsabilidade para mim.
Acho que precisarei consultar meus oráculos profissionais para tentar resolver esse enigma.

Um comentário:

mfc disse...

Esta mania da gestão moderna de nos mudar... por mudar... é para mim incompreensível!