sexta-feira, 20 de maio de 2011

Cirurgia

Eu nunca passei por uma, quer dizer, a única foi o parto cesária do Davi.
E agora meu filho, anestesia geral, para retirada das adenóides e amígdalas. Não vou falar dos motivos da cirurgia. Depois de muito conversar, mas principalmente de considerar a recomendação das médicas, pediatra e otorrino, nas quais confio, e apesar de minha mãe e irmã serem terminantemente contra, marcamos a consulta com o cirurgião e no dia seguinte estávamos no hospital.
Vê-lo ser sedado foi terrível e a espera, angustiante, ouvir o choro de outra criança também. Quando ouvi o chorinho e a vozinha rouca do Davi chamando a mamãe, pedi para entrar, em pouco estava com ele no colo, num abraço apertado. Ainda confuso, e enjoado, ele tentava arrancar com a mão o tubo e o acesso usado agora para o soro e depois para o antibiótico. Depois de vomitar, ele se acalmou e cochilou no meu colo.
A despeito de tudo, ele está sendo um menino muito bom, ficou calmo após a cirurgia, quando a dor aumentava vinha para meu colo e cochilava choramingando.
Ainda não está falando normalmente, nos primeiros dias eram só gemidos e gestos para mostrar o que queria.
Fiquei nervosa com a recusa inicial de se alimentar, mas Davi é um menino fora do comum. Hoje, terceiro dia após a cirurgia, devia estar começando a tomar sopas mais grossinhas e mingaus, mas não teve conversa, pediu comida, arroz, feijão e frango e comeu bem.
Algumas pessoas podem pensar que fui fria, quase não chorei, mas durante todo esse tempo, reuni as forças que tinha e as que não tinha para passar segurança para meu filho, para que ele sinta que estamos aqui, e que tudo ficará bem. Como não há uma mágica que permita às mães sofrerem no lugar de seus filhos, tentei ao menos, confortá-lo e dar muito carinho e amor.

Um comentário:

mfc disse...

São essas forças que nos vêm de dentro que nos fazem enfrentar situações que nunca julgavamos ter forças para vencer!
Toma um beijinho.