segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Impossível

O menino está impossível.
Não anda, corre.
Não para.
Sobe em tudo.
Em tudo mexe.
Arrasta o tapete da loja.
Dança se olhando no espelho.
Joga o brinquedo no vidro.
Sobe na cadeira.
Deita no chão, no meio do shopping, pra brincar com os carrinhos novos.
E não anda, corre.
Não quer segurar na mão.
Quer entrar no presépio, pegar nos carneirinhos.
Puxa as cordas de proteção.
Não para nem pra comer, pega o pão de queijo e corre.
Está impossível o menino.
Acorda o bêbe que dormia no carrinho.
Na loja de brinquedos, pega, quer abrir.
Chora quando o vendedor leva para registrar a compra.
- Neusa, tem que começar a botar limite nesse menino.
- É, eu sei.
Por enquanto é um bêbe. Já, já cresce e vai ser chamado de mal educado.
E quem educa, bem ou mal, somos nós, os pais.
É porque está impossível esse menino.
Mas tudo é novidade, tudo é interessante, tudo ele quer ver, pegar, experimentar.
Benza Deus!
Mas que está impossível está.

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