quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Cada qual no seu quadrado

      Hoje, dia 23 de janeiro de 2014, Davi se submeteu a uma pequena cirurgia para retirada de um dente incluso (dente extra) que não estava permitindo o dente permanente descer. Coisa mais simples não podia haver, um corte pequeno, poucos pontos.
      A cirurgia foi muito rápida, a burocracia do plano de saúde para autorizar a internação é que gerou certo estresse, a cirurgia em si foi particular pois é um procedimento odontológico não coberto pelo plano.

     Mas o que eu queria contar é que fiquei com ele na sala de cirurgia até que ele dormisse sob efeito da anestesia e que, poucos minutos depois, o médico me chamou para ficar com ele, a cirurgia tinha terminado.
Fiquei com ele cerca de 30 minutos ainda na sala de cirurgia em meio aos procedimentos finais a espera de uma vaga na sala de recuperação. Davi estava confuso, balbuciando palavras que só eu entendia o sentido (Scooby, por exemplo), na boquinha sangue e saliva, agitado, querendo sair, reclamando de dor, e fazendo força para ficar sentado e sair da maca. Bem, eu fui tentando acalmá-lo, preocupada com o acesso a veia que ele podia perder, sempre em pé ao lado da maca. Por fim, quando eu o encostei em mim e o embalei, e ele estava se acalmando, senti que ia desmaiar, pedi para a enfermeira ficar com ele e me sentei. Suei muito. Assim que o mundo rodou mais devagar liguei para o Eduardo vir ficar com ele. Foram os dois, pai e filho, para o apartamento e fiquei eu ainda me sentindo mal pela forte queda de pressão. Avisei a enfermeira que tinha diabetes, fiz o teste (estava bem alta a glicemia) e fiquei quietinha esperando mais uns 30 minutos até que um cadeira de rodas me levasse ao quarto, não tive coragem de levantar com medo de cair (ia dar mais trabalho a todos).
    Todos que passavam pela sala queriam saber da mãe que passou mal e cada um tinha uma teoria: o estresse, a preocupação com o filho, inalou um pouco do gás usado no filho.
    Nessas horas eu sempre penso que se eu precisasse fazer algum procedimento médico (cortar, furar, e outros que nem gosto de lembrar e outros que desconheço) para salvar alguém, não sei, talvez até conseguisse fazer, mas com certeza desmaiaria depois.
    Então agradeço por haver médicas e médicos, enfermeiras e enfermeiros, anestesistas e auxiliares, que fazem o que precisam fazer sem desmaiar no final.

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