Muitos amigos devem ter se sentido como eu agora.
Depois de 18 anos de formada, voltei às cadeiras da academia, estou no início do mestrado - como disse meu amigo Zéééééé, ruim é ver o cavalo passar na sua porta e deixá-lo ir embora, agora eu resolvi montar nesse bicho, nem que ele me derrube, o importante é que eu subi. A universidade escolhida é uma instituição particular, a maior e mais antiga universidade particular de Fortaleza. Eu me formei em universidade pública, estadual, e nessa mesma universidade fiz uma especialização há 13 anos. Sempre tive vontade de fazer um mestrado e sempre me perguntam porque - você quer ser professora? você quer pesquisar?, talvez sim, e porque não, por enquanto só quero estudar e aprender.
Tenho apenas um mês de uma rotina no mínimo agitada, de manhã estou na universidade, trabalhando na universidade - contra-partida da bolsa que financia o curso -, ou assistindo aulas, e à tarde estou no Serpro, empresa onde trabalho há 6 anos. As noites e finais de semana agora precisam ser divididos entre filho, marido, casa e estudo.
Muitas coisas estão me deixando estressada, como um certo distanciamento dos acontecimentos na empresa - quando chego à tarde recebo notícias de decisões firmadas, de novas regras e determinações - e é claro, o tempo para as demandas está mais apertado. E me sinto mal por não estar tão presente quanto antes - e esse é meu grande problema, eu me cobro demais.
No mestrado, as provas começam a ter suas datas marcadas, e o material para estudo aumenta - não, eu não estou deixando para estudar em cima da prova, sou uma aluna aplicada. Além, disso, antes mesmo de entrar no mestrado, meu orientador - professor doutor, colega de trabalho - tem me passado bastante material para leitura e sondagem de possíveis temas para a tese - e eu estou certa de que esse é o melhor caminho, porque acho que apenas um ano é pouco tempo para desenvolver uma tese, escrever, publicar artigos e apresentar, quanto antes mais chances de ter sucesso.
Esse liga e desliga - que antes era apenas de trabalho e casa, e agora, é trabalho Serpro, trabalho Unifor, cadeiras mestrado, estudos para a tese, casa - está querendo dar um nó na minha cuca. Mas não vou deixar. Acho que a receita talvez seja organização e algum tempo livre para parar, simplesmente parar e não pensar em nenhuma dessas coisas- só eu, Davi, Eduardo e nada mais - e tenho que dizer que eles dois tem me dado muito apoio. E como diz, minha irmã doutora, não é pra vida todo, num instante passa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário